Em um pouco mais de duas décadas me
dedicando a observação de aves, eu pude viver muitos momentos memoráveis. Muito
aprendizado e conhecimento adquirido, grandes amizades realizadas (eu conheci
muita gente bacana, por causa dos passarinhos), muitas viagens e expedições - algumas
para lugares que jamais imaginei que um dia iria conhecer (!), e muitas, muitas
aves pelo caminho, eu posso afirmar, que realizei muitos sonhos em forma de passarinhos!
Ao longo de todos esses anos,
umas das coisas mais bacanas que pude presenciar foi o crescimento do birdwatching no Brasil! Principalmente, nos últimos 10 anos, com a criação de plataformas virtuais de fomento a
observação de aves, como o site WikiAves, por exemplo. A observação de aves cresceu e cresce exponencialmente em nosso país! Hoje a observação de aves é televisionada, vários programas e jornais abordam a atividade, centenas de Blogs e sites, revistas especializadas, enfim, isso auxiliou e muito, na popularização da atividade. As pessoas "normais" já conseguem identificar um observador de aves hoje em dia e não te olham mais como um "marciano", como há uns 15 anos atrás.
WikiAves, 10 anos! Vida longa... |
Falando ainda sobre o site Wikiaves, vale
mencionar, que no ano passado, o site completou 10 anos! Os números são expressivos e dignos de comemoração e naturalmente refletem o crescimento da atividade de birdwatching no Brasil. São mais de 30.000 observadores de aves cadastrados nessa plataforma e mais de dois milhões e seiscentos mil registros! Das 1919 espécies com
ocorrência confirmadas no Brasil e validade aceita pelo CBRO (Comitê Brasileiro de
Registros Ornitológicos, 2015), 1887 espécies de aves estão documentadas no
site WikiAves, através de fotos e/ou gravações. Essa surpreendente cifra é
fruto do esforço e dedicação coletiva dos observadores brasileiros!
O site WikiAves ajudou a revolucionar o birdwatching no Brasil! |
Outra contribuição muito legal do site é
que ele ajudou a redesenhar e refinar os mapas de distribuição de várias espécies de aves
brasileiras e consequentemente descortinou inúmeras localidades desconhecidas e
com grande potencial para ocorrência de espécies de relevante interesse
ornitológico. Com tanta gente passarinhando por aí, de pouquinho, em pouquinho vários
rincões ainda “esquecidos” deste Brasil foram sendo revelados, abrindo portas
para uma enormidade de lugares interessantes para se procurar por aves e inúmeras surpresas foram aos poucos, sendo reveladas.
As pessoas começaram a se
organizar e sair para campo em suas regiões, buscando consolidar e aumentar a
lista de registros das espécies de aves para seus municípios. Vários “clubes”
de observação de aves foram sendo criados e seguem ganhando adeptos Brasil a fora.
Seguindo este caminho nasceu o nosso grupo de observação de aves do município de
Itajubá, denominado: Observadores do Amantikir. Reunimo-nos regularmente para
explorar a nossa região, municípios vizinhos e às vezes, o pessoal também se
aventura em viagens para terras mais longínquas.
Logo do nosso grupo, com o caneleirinho-de-chapéu-preto eleito como ave símbolo. |
Um município vizinho, bastante
interessante do ponto de vista ornitológico e também com um grupo de passarinheiros
bastante atuantes é Pouso Alegre. Por lá, eles também se organizaram e criaram
o seu grupo batizado por nome: ARAPAPÁ.
Pouso Alegre dista cerca de 70 km
de nossa cidade, Itajubá, e vez ou outra, nosso “bando” realiza pequenas
“migrações” até lá, para conferir as novidades e achados relevantes de nossos
colegas pouso-alegrenses. Apesar da curta distância, mas devido a
particularidades de relevo e vegetação, a região de Itajubá e Pouso Alegre
possuem interessantes nuances ornitológicas.
Os municípios de Itajubá e Delfim
Moreira, onde nosso grupo é bastante atuante, estão inseridos nos domínios da
imponente Serra da Mantiqueira, em áreas de maior elevação e umidade, com uma
avifauna predominantemente típica das montanhas do sudeste do Brasil. Diferente
de Itajubá, Pouso Alegre apresenta relevos mais ondulados e menos abruptos e
seus fragmentos florestais são classificados como Floresta Estacional
Semidecidual, uma mata mais “seca” e típica de regiões mais interioranas,
pequenos traços de cerrado também podem ser notados em alguns pontos da
paisagem, além de possuir expressivas extensões de planícies, que acompanham a
Bacia Hidrográfica do Rio Sapucaí formando grandes várzeas alagáveis
sazonalmente.
As particularidades ambientais do município de Pouso Alegre, em uma só imagem! Relevo ondulado e menos abrupto, fragmentos de Florestas Estacionais Semideciduais e campos que se alagam sazonalmente seguindo a Bacia Hidrográfica do Rio Sapucaí. Foto de autoria do observador de aves de Pouso Alegre: José Nélio Miranda. |
Para uma pessoa de olhar menos
“treinado” tudo pode parecer à mesma coisa, mas essas pequenas particularidades
de fitofisionomia (aspecto da vegetação de determinada região), clima, altitude
e relevo, conferem pequenas e interessantes mudanças na paisagem e
consequentemente repercutem na composição da comunidade de aves, mesmo em
distâncias relativamente curtas.
Uma das notáveis singularidades
de Pouso Alegre provém da avifauna associada às grandes extensões alagáveis que
acompanham a bacia do Rio Sapucaí e são nessas áreas, que as maiores surpresas
aladas foram reveladas para a região. Esses campos hidromórficos proporcionam
habitat apropriado para inúmeras espécies campestres e também migratórias, e
por abrigar temporariamente aves que apresentam comportamento errante, torna-se
uma verdadeira caixa de surpresa para observadores em busca de novidades!
Pra se ter uma ideia da
importância da região, especialmente para o Estado de Minas Gerais, das 32
espécies do gênero Sporophila
(papa-capins, caboclinhos, coleiros e afins) com ocorrência no Brasil, 16
espécies já foram documentadas para Pouso Alegre. Muitas dessas espécies
possuem comportamento migratório, algumas encontram-se ameaçadas de extinção e suas
rotas ainda são mal compreendidas. Esses campos alagados servem de importantes pontos de apoio durante a rota de migração de
inúmeras espécies. Vários maçaricos e andorinhas passam pela região
fugindo do rigoroso inverno do Hemisfério Norte e também outros viajantes, como o migrante austral Hymenops
perspicillatus (viuvinha-de-óculos).
Macho e fêmea de viuvinha-de-óculos (Hymenops perspicillatus). Migrante Sul americano, com registros nas várzeas de Pouso Alegre. Reprodução: Handbook of the Birds of the World. |
Esses trechos em bom estado de
preservação existentes em Pouso Alegre são de grande relevância, para dezenas
de espécies de aves associadas ao ambiente aquático, muitas dessas espécies ocorrem na região
de forma sazonal, como tuiuiús, cabeças-seca, narcejas, patos e marrecos. O ágil
gavião-do-banhado (Circus buffoni), inúmeras espécies de sanãs e saracuras, algumas bem raras, como a
inconspícua sanã-amarela (Porzana
flaviventer). Outro pequeno paludícola, que também pode ser encontrado
nessas várzeas é o simpático tricolino (Pseudocolopteryx
sclateri).
Jabiru mycteria (tuiuiú), espécie de ocorrência sazonal nas várzeas de Pouso Alegre. Foto: Bruno Rennó. |
As áreas abertas naturais do município, também são reduto para diversas espécies em delicada situação
de conservação, intimamente associadas aos campos naturais bem preservados, que
ainda se esparramam de forma pontual na região. Com uma boa dose de sorte é
possível avistar em uma única passarinhada, espécies bem raras, como o
papa-moscas-do-campo (Culicivora
caudacuta), galito (Alectrurus
tricolor) e papa-moscas-canela (Polystictus
pectoralis) atestando o bom grau de conservação dessas áreas campestres.
papa-moscas-do-campo (Culicivora caudacuta). Foto: Bruno Rennó. |
galito (Alectrurus tricolor). Foto: Bruno Rennó. |
papa-moscas-canela (Polystictus pectoralis). Foto: Bruno Rennó. |
Como relatado anteriormente,
eventualmente, o nosso grupo se excursiona até Pouso Alegre com a intenção de
conferir os preciosos achados efetuados pelos nossos colegas nativos da região. Com
esse objetivo, Silvander Mendes, Clayton Bonafé e eu, nos reunimos no dia 03 de
fevereiro de 2019, para mais uma saída de campo, do nosso grupo de observação
de aves de Itajubá - Observadores do Amantikir. Apesar de ser um Domingo, nada
de preguiça! Às 4:30 da matina já nos dirigíamos, animados, para Pouso Alegre.
O trio itajubense durante passarinhada em Pouso Alegre. Foto: Bruno Rennó. |
Meus principais objetivos nessa
manhã, eram duas espécies: a possível Sporophila
hypochroma (caboclinho-de-sobre-ferrugem), que o pessoal estava fotografando na região e Petrochelidon pyrrhonota (andorinha-de-dorso-acanelado), ambos eram lifers para mim – lifer é um termo em inglês, utilizado pelos observadores de aves,
para quando se registra pela primeira vez em sua vida, uma
determinada espécie de ave. Minha Life List atualmente conta com 1378 espécies de aves brasileiras! A Life List (Lista da vida) é uma lista onde se compila todas as espécies de aves, que o observador registrou com absoluta certeza, ao longo de toda sua trajetória na observação de aves.
Como de costume, chegamos em
campo ainda no escuro e sobrou um tempinho para notar a presença de algumas
espécies de aves noturnas, com destaque para o jacurutu (Bubo virginianus) e o bacurau-de-rabo-maculado (Hydropsalis maculicauda), esse bacurau
parece estar associado a áreas úmidas abertas.
jacurutu (Bubo virginianus), a maior espécie de coruja do Brasil. Reprodução: Handbook of the Birds of the World. |
O nascer do sol nos proporcionou um
verdadeiro espetáculo, quando seus primeiros raios dourados foram riscando o
horizonte! Por esses e outros motivos, sempre apreciei muito acordar muito cedo e
sair para o campo, o amanhecer no mato é inigualável, acredite. Ver o dia raiando, o céu
mudando de cor, os primeiros pássaros saudando com alegria o novo dia
que começa. A minha sensação nesse instante é como se a esperança da gente se renovasse, a cada amanhecer!
Espetáculo ao alvorecer! Foto do amigo, Clayton Bonafé. |
A galera curtindo o nascer do sol! Foto: Bruno Rennó. |
Ainda no lusco fusco, as narcejas
estavam bem animadas, realizando seus displays aéreos e vocalizando bastante. Foi bem bacana ter o ensejo de observar as duas
espécies voarem simultaneamente, assustadas pela nossa movimentação. A
diferença de tamanho entre Gallinago
undulata (narcejão) e Gallinago
paraguaiae (narceja) chama a atenção e como o próprio nome popular da primeira
espécie faz alusão, Gallinago undulata é
de fato, um baita narcejão! Eu já tinha observado ambas na natureza,
em diversas ocasiões, mas poder vê-las levantar voo juntas foi uma
experiência bem interessante, dando para perceber, a notável diferença de proporção
entre esses dois congêneres de bico alongado.
Já com o dia bem claro, nos pomos
a “perambular” por entre os campos alagados, na esperança de localizar a
raríssima Sporophila hypochroma (caboclinho-de-sobre-ferrugem),
na ocasião, lifer para o trio de
observadores itajubenses! Nós caminhávamos um tanto quanto espalhados por entre as
moitas de capim, talvez, como uma forma de maximizar nossos esforços de busca. Por volta das 7 horas da manhã avistei um vulto com tons de
ferrugem, em meio à densa capineira, bato o binóculo e pimba, lá estava o
sonhado caboclinho, um macho adulto viradinho, se alimentando das sementes de
rabo-de-burro. O coração foi a mil, sempre é um teste cardíaco avistar uma
sonhada desiderata, em campo!
Afastei-me vagarosamente e emiti
um discreto sinal sonoro para o resto da turma, os meninos entenderam o recado,
e não demorou, já estávamos agrupados diante de um belíssimo caboclinho, que
provavelmente se tratava de Sporophila
hypochroma. Enfatizo o provavelmente, pois o caboclinho-de-sobre-ferrugem é um
migrante austral e esse possível registro para Pouso Alegre é algo bastante
inusitado, o que representaria uma considerável extensão na distribuição geográfica da espécie. Como o táxon é sabidamente de identificação
problemática, decorrente de variações no colorido da plumagem, podendo haver
sobreposição com seu congênere, Sporophila
hypoxantha (caboclinho-de-barriga-vermelha) é necessário avaliar o registro
de forma meticulosa buscando a identificar a espécie de forma correta e segura.
Dado a grande importância desse possível registro, da significativa extensão na distribuição da espécie e ciente dos
problemas de diagnose da plumagem entre Sporophila
hypochroma e o (Sporophila hypoxantha) achei oportuno, iniciar um empreitada investigativa. Então, enviei as minhas fotos e as gravações feitas pelo Silvander, ao meu
grande amigo Marcio Repenning, competente ornitólogo do sul do Brasil,
especialista em aves de áreas campestres e grande conhecedor do gênero Sporophila – Marcio é um dos autores da
recente descrição da patativa-tropeira (Sporophila
beltoni). Em complementação enviei também os arquivos para o amigo Adrian Rupp, para poder ter uma segunda opinião. Rupp também tem muita experiência com o gênero,
principalmente, por conta das “cabocladas”, que ele promove pelo sul do Brasil
e países vizinhos.
Como
além de observador de aves nas horas vagas, eu também sou ornitólogo de campo por
profissão, sempre busquei ser muito criterioso e comprometido em minhas identificações, sempre procurando por mais informações para identificar espécies de identificação complicada, tentando também compreender seus comportamentos, manifestações sonoras e distribuição
geográfica. Muito além de números e lifers,
meu interesse supremo na observação de aves, é tentar compreender a história
natural das espécies.
De toda forma, acompanhamos o
exemplar, macho adulto, responder ativamente a reprodução de seu canto,
empoleirando preferencialmente, nas extremidades da capineira e arbustos
isolados, se pondo a cantar por longos minutos, ademais, a coloração muito intensa
das partes inferiores me tendenciaram a corroborar com a possível identificação, como sendo
da rara Sporophila hypochroma. Como a vida é um eterno aprendizado e apesar da minha vivência de campo, prefiro aguardar o retorno, dos amigos com mais experiência no grupo, para de fato, poder dar o correto tratamento taxonômico à espécie em questão, e assim, vamos fazendo ornitologia e refinando o conhecimento.
Macho de Sporophila cf. hypochroma, fotografado em Pouso Alegre-MG. Foto: Bruno Rennó. |
Macho de Sporophila cf. hypochroma, fotografado em Pouso Alegre-MG. Foto: Bruno Rennó. |
Macho de Sporophila cf. hypochroma, fotografado em Pouso Alegre-MG. Foto: Bruno Rennó. |
Meia hora após o primeiro teste
cardíaco, lá estava outro objetivo dessa ida até Pouso Alegre. A belíssima
andorinha migratória Petrochelidon
pyrrhonota (andorinha-de-dorso-acanelado), como seu apropriado nome popular
já demonstra, essa andorinha é a única espécie da família com a região do
uropígio com tons acanelados, essa coloração, além de lhe conferir um belo
colorido, serve como uma boa diagnose para identificar a espécie, em voo. Sua
testa maculada de acanelado também a torna inconfundível!
Petrochelidon pyrrhonota (andorinha-de-dorso-acanelado) fotografada no Retão do Brejal, em Pouso Alegre. Foto: Bruno Rennó. |
A andorinha-de-dorso-acanelado é uma incrível migrante de longas distâncias! Essas andorinhas se reproduzem no Hemisfério Norte e migram aos milhares, para o continente Sul americano, fugindo do inverno setentrional. Elas se espalham por várias partes da América do sul, onde se juntam a bandos mistos de outras espécies de andorinhas. Em Pouso Alegre, encontramo-la em meio a um bando misto de andorinha-morena (Alopochelidon fucata) e andorinha-serradora (Stelgidopteryx ruficollis), dividindo poleiro sobre fiação elétrica, ainda nesse mesmo bando observamos outro Hirundinidae buscando refúgio do frio boreal, a andorinha-de-bando (Hirundo rustica), outra viajante de longas distâncias.
andorinha-morena (Alopochelidon fucata), encontrada em meio ao bando misto da Família Hirundinidae, nos campos alagáveis de Pouso Alegre. Foto: Brun Rennó. |
andorinha-de-bando (Hirundo rustica) fotografada no Retão do Brejal, em Pouso Alegre. Foto: Bruno Rennó. |
Naquela agradável paragem, entre
os rios do Cervo e Sapucaí encerramos mais uma proveitosa manhã de observação
de aves. Um belo amanhecer, boa prosa, bons amigos (lá encontramos com o amigo e observador de aves pouso-alegrense, José Nélio - o embaixador das aves do Brejal!) e uma manhã de passarinhada
que rendeu 112 espécies de aves. Encontramos uma renca de passarinhos legais
pelo caminho e na hora de irmos embora, ainda ouvimos o típico canto do
ameaçado papa-moscas-do-campo (Culicivora
caudacuta), como que nos dizendo até breve. Em nosso caminho de volta para
Itajubá, ainda fizemos duas paradas para investigar uns alagados interessantes
na beira da rodovia, foi uma boa oportunidade para engrossar a lista dessa
proveitosa manhã de birding.
Pouso Alegre, certamente, já se
consolidou como um importante hotspot de
birding no Brasil, especialmente, no Sul de Minas Gerais. Além do seu notório
potencial para abrigar diversas espécies relevantes, algumas ameaçadas de extinção e por ser rota migratória de
inúmeras espécies, o município também
possui um atuante e organizado grupo de amistosos observadores de aves. Nosso
grupo - Observadores do Amantikir, continuará suas pequenas migrações esporádicas às terras
pouso-alegrenses, em busca de novos registros, observações e amizades.
Abaixo segue a lista consolidada
das 112 espécies de aves registradas durante nossa passarinhada matinal em
Pouso Alegre:
Passarinha
em Pouso Alegre - Retão do Brejal - 03/02/2019
|
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NOME DO TÁXON
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NOME COMUM
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Tinamiformes
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Tinamidae
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Nothura maculosa
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codorna-amarela
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Anseriformes
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Anatidae
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Dendrocygna viduata
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irerê
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Dendrocygna autumnalis
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marreca-cabocla
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Cairina moschata
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pato-do-mato
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Amazonetta brasiliensis
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ananaí
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Ciconiiformes
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Ciconiidae
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Jabiru mycteria
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tuiuiú
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Mycteria americana
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cabeça-seca
|
Pelecaniformes
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Ardeidae
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Tigrisoma lineatum
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socó-boi
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Nycticorax nycticorax
|
socó-dorminhoco
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Bubulcus ibis
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garça-vaqueira
|
Ardea cocoi
|
garça-moura
|
Ardea alba
|
garça-branca
|
Syrigma sibilatrix
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maria-faceira
|
Threskiornithidae
|
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Mesembrinibis cayennensis
|
coró-coró
|
Cathartiformes
|
|
Cathartidae
|
|
Coragyps atratus
|
urubu
|
Accipitriformes
|
|
Accipitridae
|
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Leptodon cayanensis
|
gavião-gato
|
Geranospiza caerulescens
|
gavião-pernilongo
|
Heterospizias meridionalis
|
gavião-caboclo
|
Rupornis magnirostris
|
gavião-carijó
|
Geranoaetus albicaudatus
|
gavião-de-rabo-branco
|
Gruiformes
|
|
Rallidae
|
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Aramides cajaneus
|
saracura-três-potes
|
Aramides saracura
|
saracura-do-mato
|
Mustelirallus albicollis
|
sanã-carijó
|
Gallinula galeata
|
galinha-d'água
|
Charadriiformes
|
|
Charadriidae
|
|
Vanellus chilensis
|
quero-quero
|
Scolopacidae
|
|
Gallinago paraguaiae
|
narceja
|
Gallinago undulata
|
narcejão
|
Jacanidae
|
|
Jacana jacana
|
jaçanã
|
Columbiformes
|
|
Columbidae
|
|
Columbina talpacoti
|
rolinha
|
Columbina squammata
|
fogo-apagou
|
Patagioenas picazuro
|
asa-branca
|
Patagioenas cayennensis
|
pomba-galega
|
Zenaida auriculata
|
avoante
|
Cuculiformes
|
|
Cuculidae
|
|
Crotophaga ani
|
anu-preto
|
Guira guira
|
anu-branco
|
Strigiformes
|
|
Strigidae
|
|
Bubo virginianus
|
jacurutu
|
Caprimulgiformes
|
|
Caprimulgidae
|
|
Nyctidromus albicollis
|
bacurau
|
Hydropsalis maculicaudus
|
bacurau-de-rabo-maculado
|
Apodiformes
|
|
Apodidae
|
|
Chaetura meridionalis
|
andorinhão-do-temporal
|
Trochilidae
|
|
Phaethornis pretrei
|
rabo-branco-acanelado
|
Eupetomena macroura
|
beija-flor-tesoura
|
Colibri serrirostris
|
beija-flor-de-orelha-violeta
|
Coraciiformes
|
|
Alcedinidae
|
|
Megaceryle torquata
|
martim-pescador-grande
|
Chloroceryle amazona
|
martim-pescador-verde
|
Chloroceryle americana
|
martim-pescador-pequeno
|
Piciformes
|
|
Ramphastidae
|
|
Ramphastos toco
|
tucanuçu
|
Picidae
|
|
Colaptes campestris
|
pica-pau-do-campo
|
Cariamiformes
|
|
Cariamidae
|
|
Cariama cristata
|
seriema
|
Falconiformes
|
|
Falconidae
|
|
Caracara plancus
|
carcará
|
Milvago chimachima
|
carrapateiro
|
Herpetotheres cachinnans
|
acauã
|
Falco femoralis
|
falcão-de-coleira
|
Psittaciformes
|
|
Psittacidae
|
|
Psittacara leucophthalmus
|
periquitão
|
Aratinga auricapillus
|
jandaia-de-testa-vermelha
|
Eupsittula aurea
|
periquito-rei
|
Forpus xanthopterygius
|
tuim
|
Brotogeris chiriri
|
periquito-de-encontro-amarelo
|
Passeriformes
|
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Thamnophilidae
|
|
Thamnophilus caerulescens
|
choca-da-mata
|
Dendrocolaptidae
|
|
Lepidocolaptes angustirostris
|
arapaçu-de-cerrado
|
Furnariidae
|
|
Furnarius figulus
|
casaca-de-couro-da-lama
|
Furnarius rufus
|
joão-de-barro
|
Phacellodomus rufifrons
|
joão-de-pau
|
Anumbius annumbi
|
cochicho
|
Certhiaxis cinnamomeus
|
curutié
|
Synallaxis spixi
|
joão-teneném
|
Rhynchocyclidae
|
|
Tolmomyias sulphurescens
|
bico-chato-de-orelha-preta
|
Todirostrum poliocephalum
|
teque-teque
|
Todirostrum cinereum
|
ferreirinho-relógio
|
Tyrannidae
|
|
Elaenia flavogaster
|
guaracava-de-barriga-amarela
|
Culicivora caudacuta
|
papa-moscas-do-campo
|
Pitangus sulphuratus
|
bem-te-vi
|
Machetornis rixosa
|
suiriri-cavaleiro
|
Myiozetetes similis
|
bentevizinho-de-penacho-vermelho
|
Tyrannus melancholicus
|
suiriri
|
Tyrannus savana
|
tesourinha
|
Myiophobus fasciatus
|
filipe
|
Arundinicola leucocephala
|
freirinha
|
Gubernetes yetapa
|
tesoura-do-brejo
|
Satrapa icterophrys
|
suiriri-pequeno
|
Xolmis velatus
|
noivinha-branca
|
Vireonidae
|
|
Cyclarhis gujanensis
|
pitiguari
|
Hirundinidae
|
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Pygochelidon cyanoleuca
|
andorinha-pequena-de-casa
|
Alopochelidon fucata
|
andorinha-morena
|
Stelgidopteryx ruficollis
|
andorinha-serradora
|
Hirundo rustica
|
andorinha-de-bando
|
Petrochelidon pyrrhonota
|
andorinha-de-dorso-acanelado
|
Troglodytidae
|
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Troglodytes musculus
|
corruíra
|
Donacobiidae
|
|
Donacobius atricapilla
|
japacanim
|
Mimidae
|
|
Mimus saturninus
|
sabiá-do-campo
|
Motacillidae
|
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Anthus lutescens
|
caminheiro-zumbidor
|
Passerellidae
|
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Zonotrichia capensis
|
tico-tico
|
Ammodramus humeralis
|
tico-tico-do-campo
|
Parulidae
|
|
Geothlypis aequinoctialis
|
pia-cobra
|
Icteridae
|
|
Gnorimopsar chopi
|
pássaro-preto
|
Chrysomus ruficapillus
|
garibaldi
|
Pseudoleistes guirahuro
|
chopim-do-brejo
|
Molothrus bonariensis
|
chupim
|
Sturnella superciliaris
|
polícia-inglesa-do-sul
|
Thraupidae
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Tangara sayaca
|
sanhaço-cinzento
|
Sicalis flaveola
|
canário-da-terra
|
Sicalis luteola
|
tipio
|
Volatinia jacarina
|
tiziu
|
Tachyphonus coronatus
|
tiê-preto
|
Sporophila lineola
|
bigodinho
|
Sporophila collaris
|
coleiro-do-brejo
|
Sporophila leucoptera
|
chorão
|
Sporophila pileata
|
caboclinho-branco
|
Sporophila hypochroma
|
caboclinho-de-sobre-ferrugem
|
Embernagra platensis
|
sabiá-do-banhado
|
Emberizoides herbicola
|
canário-do-campo
|
Fringillidae
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Spinus magellanicus
|
pintassilgo
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Passeridae
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Passer domesticus
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pardal
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Abaixo mais algumas fotografias para ilustrar nossa passarinhada do dia 03/02/2019, em Pouso Alegre.
garça-branca-grande (Ardea alba). Foto: Bruno Rennó. |
Leptodon cayanensis (gavião-de-cabeça-cinza). Foto: Bruno Rennó. |
Triplex de joão-de-barro. Olha o mensalão! Foto: Bruno Rennó. |
Zenaida auriculata (avoante). Foto: Bruno Rennó. |
O famoso Retão do Brejal, área de várzea entre os rios do Cervo e Sapucaí. Foto: Bruno Rennó. |
Uma bela paineira em flor colore o horizonte! Foto: Bruno Rennó. |
No caminho para os campos, uma bela serra nos faz imaginar, quais espécies de aves não habitariam aquela imponente floresta!? Tem muito lugar pra se passarinhar por aí, viu!? Foto: Bruno Rennó. |
Acompanhe-me nas próximas passarinhadas e não deixe de "folhear" as páginas do Diário de um Ornitólogo, que em breve trará mais relatos fresquinhos de passarinhadas e aventuras por aí.
ATÉ A PRÓXIMA PASSARINHADA!